Em entrevista para a HSM Management em 1998, a autora Faith Popcorn do livro Click, conhecida como a “Nostradamus do marketing”, revela qual o futuro das companhias e quais as soluções de sucesso para o próximo século, uma época marcada por mudanças constantes e velozes. Aborda, sobretudo, como a transformação na vida e no consumo das pessoas será decisiva para o mundo das corporações partindo da proposta que aborda no livro sobre As 16 Tendências que Moldarão o Futuro tanto na vida social quanto na empresarial.

Faith Popcorn expõe que “Click é o efeito de um raio, é o som que nos desperta, que nos sacode e obriga a estar conscientes e alertas para aproveitar as oportunidades que se apresentam”. Cada letra de “Click” representa um conceito que aborda coragem de abandonar opiniões tradicionais, abrir mão de ideias antigas para explorar novas, olhar para dentro e perceber qual seu ponto forte e o ponto a melhorar, compromisso de ser fiel a uma ideia e, por fim, saber como realizar os feitos.

No âmbito empresarial, “o futuro não é uma simples repetição do passado”, acrescenta, pois, é fundamental saber fazer bom uso da habilidade de inovar e rever o modo de resolver contratempos, afinal, é imprescindível se levantar após a queda, mas, tão importante quanto, é saber a razão dela.

As pessoas seguem reinventando sua forma de encarar a vida e, partindo da proposta de Faith Popcorn sobre As 16 Tendências que “impulsionarão as empresas como também mudarão nossos hábitos de compra”, a autora destacou duas, sendo cocooning, o encasulamento, e clanning, a formação do clã.

O encasulamento parte do princípio de que o consumidor, seja interno ou externo, tem uma propensão de estar rodeado com o que é parecido com sua casa, visto que é um ambiente seguro, calmo e tranquilizante. Já a formação do clã, semelhante ao encasulamento, fala sobre as pessoas gostarem de conviver com os que compartilham do mesmo interesse.

Além disso, há a ancoragem, que, segundo Faith Popcorn, representa as raízes e os valores dos indivíduos. Muitos alicerçam a escolha de seus produtos nesses valores e que, ao atribuir estes aos seus produtos, as empresas tendem a ter uma guinada de sucesso. Somando a isso, enfatiza que é preciso ter um olhar atento à figura feminina, pois “elas constituem um mercado extremamente importante, mas ainda não são vistas como tal”, relata.

A autora cita ainda as 99 vidas, isto é, as pessoas que interpretam vários papéis na vida como filha, mãe, profissional, atleta, consumidora, voluntária etc. É uma circunstância comum, principalmente no mundo contemporâneo, visto que muitos profissionais que trabalham em home office precisam se adaptar a esse funcionamento em tempo integral, por exemplo.

Por fim, esses profissionais, que almejam uma carreira promissora sem deixar de lado outras esferas da vida, buscam “empresa que tem a responsabilidade de oferecer a seus funcionários um tipo de bem-estar. Bem-estar, além do conceito convencional, significa para as pessoas trabalharem no que gostem, que lhes dê a possibilidade de desenvolvimento pessoal”.

Essas Tendências têm uma conexão com o contexto atual de pandemia e, ao aplicar esses conceitos, será possível cativar o cliente, interno e externo, e promover um ambiente favorável para um futuro de sucesso para ambas as partes.

A Praça Mauá, inaugurada em 1910, é uma das principais praças da cidade do Rio de Janeiro, localizada no bairro do Centro. Seu nome é em homenagem ao Barão de Mauá, Irineu Evangelista de Souza, empresário brasileiro do reinado de D. Pedro II que logo se tornou visconde, além disso, recebeu uma estátua situada no centro da praça.

No século XIX, a praça tinha uma praia conhecida como o “Largo da Prainha” ou “Praça da Prainha”. Já no século XX, foi construído um novo cais para manter as atividades econômicas e dar continuidade ao crescimento da cidade. O porto, que noutro tempo era utilizado para desembarque de escravizados, hoje simboliza um espaço alternativo de lazer e eventos diversos.

Lá havia ainda o Elevado da Perimetral, demolido em 2014 para o projeto de reurbanização do Porto Maravilha, que teve início em 2009. Foi um marco de transformação da zona portuária do Rio de Janeiro ao trazer novamente a vista para a Baía de Guanabara, que antes havia sido o principal Porto do Brasil.

A Praça Mauá foi renovada e em seu entorno foram construídos o Museu do Amanhã, em 2015; o Museu de Arte do Rio (MAR), em 2013; o Arsenal da Marinha; o terminal marítimo de passageiros do Pier Mauá; e, por fim, os armazéns próximos foram recuperados e ganharam novas funcionalidades como, por exemplo, local para grandes eventos. Em 2015, após a reforma, foi liberado acesso à praça e o público pôde participar de diversos eventos culturais e gratuitos.

Praça Mauá na Zona Central da cidade do Rio de Janeiro - 2021 | por Andressa Santiago

Museu do Amanhã na Praça Mauá, Rio de Janeiro - 2021 | Por Andressa Santiago

Museu de Arte do Rio na Praça Mauá, Rio de Janeiro - 2021 | Por Andressa Santiago

Píer Oscar Wienchenk Praça Mauá na Zona Central da cidade do Rio de Janeiro - 2021  | por Andressa Santiago

Píer Oscar Wienchenk Praça Mauá na Zona Central da cidade do Rio de Janeiro - 2021  | por Andressa Santiago

De acordo com a proposta do projeto, escolhi fotografar a Praça Mauá e o seu entorno, pois, nele e através dele vivenciei experiências memoráveis e que hoje, em meio a uma pandemia, é uma esperança que traz combustível para acreditar em dias melhores, em dias que retornarei e terei oportunidade de experimentar além do que já pude anteriormente. Foram momentos de grandes descobertas internas e externas. Onde tive proximidade com o desconhecido, isto é, com a novidade. Não houve um dia em que eu não passasse pela praça e não atribuísse algo de proveitoso, independentemente do âmbito.

Ao me aprofundar sobre as histórias que esse local conta, no qual dispus resumidamente acima, tive maior dimensão do que ele representa hoje. Vai muito além de um espaço para lazer ao ar livre, é sobretudo um lugar de manifestação artística, esportiva, democrática, cultural e plural. Durante a semana, costumava caminhar na praça, sentar, escrever, ouvir música, ler, encontrar amigos, e muitas vezes fui surpreendida com eventos como shows ou slams. Além disso, o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio usam esse espaço como uma extensão das atividades que proporcionam ao público, com a finalidade de quebrar as barreiras do estereótipo engessado e aproximar o público.

O que me conecta à Praça Mauá é o espaço aberto, a paisagem, a diversidade, os eventos e os museus. Pensar no que a ela foi e no que se tornou, seja em contexto social ou individual, torna essas fotografias mais significativas e ricas. É um transbordar de emoções repletas de descobertas, reflexões, encontros — e muitos desencontros.

A Praça Mauá reúne momentos marcantes da jornada carioca.

Este é uma presentação de projeto da disciplina Jornalismo e Imagem, 1° Período de Jornalismo.