A Praça Mauá, inaugurada em 1910, é uma das principais praças da cidade do Rio de Janeiro, localizada no bairro do Centro. Seu nome é em homenagem ao Barão de Mauá, Irineu Evangelista de Souza, empresário brasileiro do reinado de D. Pedro II que logo se tornou visconde, além disso, recebeu uma estátua situada no centro da praça.

No século XIX, a praça tinha uma praia conhecida como o “Largo da Prainha” ou “Praça da Prainha”. Já no século XX, foi construído um novo cais para manter as atividades econômicas e dar continuidade ao crescimento da cidade. O porto, que noutro tempo era utilizado para desembarque de escravizados, hoje simboliza um espaço alternativo de lazer e eventos diversos.

Lá havia ainda o Elevado da Perimetral, demolido em 2014 para o projeto de reurbanização do Porto Maravilha, que teve início em 2009. Foi um marco de transformação da zona portuária do Rio de Janeiro ao trazer novamente a vista para a Baía de Guanabara, que antes havia sido o principal Porto do Brasil.

A Praça Mauá foi renovada e em seu entorno foram construídos o Museu do Amanhã, em 2015; o Museu de Arte do Rio (MAR), em 2013; o Arsenal da Marinha; o terminal marítimo de passageiros do Pier Mauá; e, por fim, os armazéns próximos foram recuperados e ganharam novas funcionalidades como, por exemplo, local para grandes eventos. Em 2015, após a reforma, foi liberado acesso à praça e o público pôde participar de diversos eventos culturais e gratuitos.

Praça Mauá na Zona Central da cidade do Rio de Janeiro - 2021 | por Andressa Santiago

Museu do Amanhã na Praça Mauá, Rio de Janeiro - 2021 | Por Andressa Santiago

Museu de Arte do Rio na Praça Mauá, Rio de Janeiro - 2021 | Por Andressa Santiago

Píer Oscar Wienchenk Praça Mauá na Zona Central da cidade do Rio de Janeiro - 2021  | por Andressa Santiago

Píer Oscar Wienchenk Praça Mauá na Zona Central da cidade do Rio de Janeiro - 2021  | por Andressa Santiago

De acordo com a proposta do projeto, escolhi fotografar a Praça Mauá e o seu entorno, pois, nele e através dele vivenciei experiências memoráveis e que hoje, em meio a uma pandemia, é uma esperança que traz combustível para acreditar em dias melhores, em dias que retornarei e terei oportunidade de experimentar além do que já pude anteriormente. Foram momentos de grandes descobertas internas e externas. Onde tive proximidade com o desconhecido, isto é, com a novidade. Não houve um dia em que eu não passasse pela praça e não atribuísse algo de proveitoso, independentemente do âmbito.

Ao me aprofundar sobre as histórias que esse local conta, no qual dispus resumidamente acima, tive maior dimensão do que ele representa hoje. Vai muito além de um espaço para lazer ao ar livre, é sobretudo um lugar de manifestação artística, esportiva, democrática, cultural e plural. Durante a semana, costumava caminhar na praça, sentar, escrever, ouvir música, ler, encontrar amigos, e muitas vezes fui surpreendida com eventos como shows ou slams. Além disso, o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio usam esse espaço como uma extensão das atividades que proporcionam ao público, com a finalidade de quebrar as barreiras do estereótipo engessado e aproximar o público.

O que me conecta à Praça Mauá é o espaço aberto, a paisagem, a diversidade, os eventos e os museus. Pensar no que a ela foi e no que se tornou, seja em contexto social ou individual, torna essas fotografias mais significativas e ricas. É um transbordar de emoções repletas de descobertas, reflexões, encontros — e muitos desencontros.

A Praça Mauá reúne momentos marcantes da jornada carioca.

Este é uma presentação de projeto da disciplina Jornalismo e Imagem, 1° Período de Jornalismo.